PENSO; LOGO, EXISTO...

 

 

A máxima cartesiana ("Penso; logo, existo") é bem conhecida e me parece correta, no plano da relatividade, isto é: na vida regida por mente e sentidos físicos (OBS. no final do texto). No entanto, quem está em sincera busca espiritual aspira pelo Absoluto (DEUS, Vida) e não se satisfaz com frases de efeito e teorias, de quem quer que sejam. Se pensar é sinônimo de Existência, então devemos admitir que deixamos de existir durante: [1] sono sem sonhos, [2] desmaios e [3] anestesias gerais, já que, nestas condições, não há atividade mental (pensamentos). Não importa haver um corpo físico, em algum lugar do espaço-tempo, porque está desprovido da consciência habitual. Alguém, que esteja em um dos três estados citados, não pensa; portanto, inexiste como ser racional. E, como a vida intelectual/sensorial é a única que nos interessa, a contrapartida da famosa frase também deveríamos considerar verdadeira: "Quando não penso, não existo".

Entretanto, uns poucos afirmam exatamente o contrário: para realmente existirmos, sermos felizes/pacíficos, sermos Vida, devemos conscientemente resfriar o caldeirão mental, desacelerar a máquina pensante. Não passa de um paliativo, buscar paz na inconsciência do sono, pois, ao acordarmos, rapidamente retornamos à guerra mental anterior, e tal mau hábito (mania de pensar) incomoda muita gente...

Para quem acredita que pensar é viver/existir, sugiro que avalie o nível de Paz/Felicidade que alcançaram, em suas respectivas vidas, estes dois antagonistas da questão existencial: René Descartes e Ramana Maharshi.

 

OBS.: tal vida na realidade é morte, segundo o Novo Testamento da Bíblia.

 

 

07/05/2019

 

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