"MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO"

 

 

Diante de Pilatos, o Grande Instrutor deixou claro, com a frase acima, que os dominadores romanos não precisavam preocupar-se com Ele (Jesus), pois o Seu reino não estava localizado naquele mundo, que o imperador César tanto ambicionava conquistar. A expressão "não é deste mundo" não significa outro planeta ou plano astral (céu, inferno, etc.); significa algo menos espetacular e mais difícil de ser compreendido, pelo intelecto. Tanto o reino sem Deus (o mundo que percebemos à nossa volta), quanto o Reino de Deus (ao qual se refere o Cristo), estão diante de nós, neste exato momento. "Nível de consciência" é o fator que determina qual deles cada ser vivente percebe. Se a consciência estiver em "baixo nível", então vivenciamos este mundo de sofrimentos, que tão bem conhecemos; ao contrário, se ela estiver em "alto nível", vivenciamos o Reino da Paz/Felicidade sem fim, como provam todos aqueles que elevam suas consciências às alturas infinitas. Na verdade, é tudo questão de conscientização: não precisamos sair do lugar e nem conquistar coisas, para nos livrarmos de sofrimentos/insatisfação e alcançar a Felicidade. Para os descrentes, que só acreditam no que podem ver, ouvir, tocar, etc., acho que o melhor exemplo é o do rádio, o qual vivencia um mundo totalmente inexistente para nós, apesar de estarmos mergulhados neste mesmo mundo (dos sinais de radiofrequência). Um homem e um aparelho de rádio, exatamente nos mesmos lugar e hora, têm percepções completamente diferentes: a "consciência superior" do homem não é suficiente para fazê-lo perceber aquilo que é facilmente captado pelo pequeno aparelho: dezenas de sinais das estações de rádio locais. Prudente é, portanto, não nos orgulharmos de nossos sentidos físicos, pois são limitados, e nem acreditarmos totalmente no mundo que eles nos impingem, pois qualquer aparelhinho de rádio prova que existem coisas que estão além de nossa percepção sensorial. Ver para crer, pode ser bom para materialistas, cientistas e doutores; mas, não convém àqueles que buscam a Verdade...

 

Até quase o fim do milênio passado, este digitador, então materialista ferrenho, desprezava o Cristo e somente enxergava confusão e loucura, na história do tal homem que tão facilmente se deixou prender, torturar e assassinar. Contudo, antes deste terceiro milênio, inexplicavelmente o desprezo transformou-se em admiração e, aos poucos, comecei a entender por que Ele fez aquilo tudo... E "milagre" semelhante deve acontecer diariamente, mundo afora. Na verdade, todos estão destinados a enfrentar, cedo ou tarde, o seu "Caminho de Damasco".

 

   

Senhor, dá-me força e perseverança para alcançar, em glorioso dia, o Teu Reino, que não é deste mundo.

 

25/04/2011

 

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