VENCEDOR

 

("Eu venci o mundo"  -  João, 16.33)

 

 

                   

Ramana, 1900                                          Ramana, 1948

 

 

Quanto mais sofro e tropeço na vida, mais acredito que o homem acima está certo... e continuo no caminho errado somente por fraqueza espiritual.

A estressante luta pela sobrevivência diária, a infantil/incessante busca por prazeres/novidades e o cruel tempo, que nunca dá um tempo, em nada afetavam Ramana Maharshi: ele observava, sempre impassível, o drama da existência. De forma alguma o mundo facilitou sua vida, mas isto nada lhe importava, pois na adolescência já havia vencido a vida e o mundo. Muitas vezes o mal, sob formas diversas, o atacou; porém, jamais resistiu ao mal: simplesmente ignorou-o. Nem mesmo o câncer, que lentamente matou o seu corpo físico, foi capaz de perturbar sua Paz. Permaneceu lúcido, calmo e sorridente até o último suspiro da carne, devastada pela doença.

Homens como este vêm à terra para demonstrar que há esperança para nós, que ainda não vencemos o mundo, que ainda somos escravos do dinheiro, das paixões e do tempo, vítimas fáceis de males/necessidades do corpo e da mente (ego). Há esperança para a humanidade sofredora, sim, afinal Ramana é tão filho de DEUS quanto qualquer outro ser vivente. Contudo, enquanto ele queria tão somente DEUS, queremos muitas coisas, exceto a única capaz de nos levar, aqui e agora, à vitória sobre o mundo, à ressurreição, à salvação, ou qualquer outro termo que indique a eterna e inabalável Paz/Felicidade, que todos anseiam alcançar, exatamente aquela na qual Ramana vivia. Este exemplo mais uma vez provou que, quem nada quer nesta vida, além de viver conforme a Vontade do "Pai Celeste", paira (em consciência) muito acima dos sofrimentos/prazeres mundanos e é, portanto, incondicionalmente feliz.

Hoje é um dia especial, para os devotos deste Sublime Mensageiro do Altíssimo: em 14/04/1950, ele abandonou a vida, para permanecer apenas na VIDA, não sem antes consolar aqueles que lamentavam a partida iminente daquele templo de carne: "Dizem que estou morrendo; mas, não vou embora: Eu estou aqui". É claro que o pronome "eu" não se referia ao corpo material e todos os seus devotos sinceros comprovam que ele continua mais vivo do que nunca, lá no fundo de seus corações...

 

 

14/04/2017

 

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