MUITO É MUITO POUCO

 

Um famoso poeta escreveu, orgulhosamente, em uma de suas canções, que "muito é muito pouco".

Este inexplicavelmente querido sentimento de insatisfação harmoniza-se perfeitamente com a consciência das pessoas "normais", isto é, aquelas dominadas pelo ego (categoria na qual me incluo, mas da qual estou lutando para sair).

A grande maioria dos normais acha normal estarmos o tempo todo correndo para "vencer na vida", alcançar metas e concretizar sonhos. Quem não participa da loucura geral, do dia-a-dia, é considerado preguiçoso e/ou irresponsável...

Poucos percebem que insatisfação é um poço sem fundo, nunca tem fim. De nada adianta uma vitória mundana, pois logo logo nova necessidade ou novo objetivo invade a mente da pobre criatura, mantendo-a no cativeiro de seu inferno particular.

Felizmente, há ótimos exemplos de anormais, que nos mostram o caminho correto na vida: Gautama Buda, Jesus Cristo, Ramana Maharshi e outros do mesmo quilate. Estes ensinam que, quem muito quer, muito sofre; ao contrário, quem pouco quer, pouco sofre; e, finalmente, quem nada quer deste mundo, nada sofre: apenas este último é realmente livre, venceu o ego/mundo.

Para quem anseia pela PAZ inabalável, o melhor é esquecer todas as verdades/manias dos homens e buscar a VERDADE/DEUS dentro de si mesmo, tal qual fizeram e, depois, ensinaram, os grandes salvadores da humanidade, os destruidores de ilusões.

 

Não custa lembrar: apenas quem é PAZ, tem autoridade para nos mostrar o caminho até Ela.

 

 

19/05/2025

 

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